quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O carro de boi e a estrada vermelha




Na estrada, vermelha, estreita

Passa o carro de boi,

Com seus passos lentos

Tranqüilos, sem pressa alguma.


Em cima vai um senhor,

Cabelos brancos

Boné na cabeça, compenetrado.


Em sua mão a vara cruza o ar

E de forma forte, mas com carinho

Atinge os bois, que já sabem,

Está na hora de andar mais rápido.


O som que se ouve,

A não ser o berrado do gado atrás da cerca

Que parece cumprimentar o companheiro que passa

Ou do bem-te-vi que ao longe

Entoa seu hino,

É a voz do condutor que grita

MARINHEIRO, MARINGÁ


Em sua boca o velho cigarro

Feito com fumo em corda

E a fumaça que sai

Voa e diz olá ao dia maravilhoso.


Aos poucos, ouvem-se cachorros latindo,

Defendendo a sua casa,

Defendendo-a de um perigo,

Que até o momento inexiste.


Assim continua a caminhada

Uma hora, ou até mais,

Naquela paciência inabalável.

Não reclama,

Não estressa,

Só trabalha,

Trabalha exageradamente

Pois só assim ele pode dizer:

—Sou feliz!!!



6 comentários:

  1. Muito bom esse texto amigo...você tem talento pra escrita.

    Obrigado pela presença em meu blog.

    abraços

    Hugo

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  2. Bonita sua história meu amigo...
    obrigado pelas palavras de força...viu.

    abraços
    de luz e paz


    Hugo

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  3. Oi Alê,

    Linda poesia, dá saudades da infância, de ver o carro de boi.

    Abraços

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  4. Adorei teu blog! Belíssimo!
    Gosto de conhecer pessoas inteligentes, observadoras e sensíveis, ainda mais qdo se trata de um homem!
    Já estou te seguindo ...
    Se puder visita meu cantinho tb, que é feito com muito carinho.
    Bjs doces!

    *´¨)
    ¸.·´¸.·*´¨) ¸.·*¨)
    (¸.·´ (¸.·` *♥ Jussara Christina ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥

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  5. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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