segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre a minha dor

 "Da minha dor só eu conheço, ela me pertence e ninguém a entende tão bem quanto eu. Ela é minha e de mais ninguém porque ela me consome e me maltrata, mas ela me faz bem e me dá força, força para acabá-la. Ela me avisa de algo que está fora de simetria, da quebra da homeostase do meu ser, ser físico e ser psíquico. Já tentei viver sem ela e quebrei a cara por isto, hoje, limito-me a entendê-la e a aprender a conviver com ela e assim, faz dias que ela me deixou; hoje sou livre e sei que não sou preso a ela, assim, vivo sem medos, pois eu sei controlar a minha dor, aceitá-la até onde for interessante e esquecê-la por tempos incontáveis. A minha dor eu controlo e a minha vida segue, na felicidade dos dias."

Alessandro Santos

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rotina



Estou aqui, percorrendo os km’s da minha vida, sonhando com algo a me alentar no futuro e que me faça dizer: - Valeu à pena! Acordei cedo, caminhei um pouco e agora estou na estrada. Ao meu lado vejo ficarem para traz as cidades, casas, vilarejos. Vejo o sol nascendo ali atrás do morro, tão perto e tão distante. A manhã vem dando um Bom Dia de glórias, entoado em vozes angelicais. A cada curva da estrada uma nova cena faz meus olhos brilharem.  No velocímetro um relógio, com ponteiros, que marca o quão rápido aquele corpo se movimenta no espaço. Queria eu, alma cansada, ter em meu corpo um velocímetro, que marcasse também o quão rápido estou a me guiar, que me forçasse a parar algumas vezes, a descansar e a sorrir. Que fizesse de minha alma cansada repouso de sabedoria, do meu corpo surrado repouso de bênçãos e da minha vida Severina repouso de glórias. Queria eu ser apenas feliz.

sábado, 20 de agosto de 2011


Homenagem á Caculé:



Eu sentei na frente do computador
Com uma grande obrigação
Tentar escrever algo
Que descreve este rincão

Caculé, jovem cidade
Ainda na mocidade
De seus 90 e poucos anos
Ainda assim com vaidade
Segue aos poucos a realizar seus planos
De ser cada vez mais acolhedora
Da massa sonhadora
Que vem aqui nos visitar.
Acolhe gente de longe
De onde o vento se esconde
De onde não consegue ventar.

Surgiu de uma lagoa
Cujo escravo se deparou
E não por uma coincidência atoa
Por ela se encantou
Por ali já foi ficando
Morando e plantando pra poder sobreviver.

 Sua dona sentindo sua falta
Resolveu por ele procurar
Deparou-se também com a lagoa
Ficou sem o que falar
Apaixonou-se por ela
E não demorou para ali também morar

D. Rosa Prates
Fazendeira de mão cheia
Construiu a sua casa
Onde hoje o sol clareia
Lugar que já foi moradia
Linda e exuberante mansão
Aparece hoje em dia
Para servir á educação.
 
Ao Sagrado Coração de Jesus
Ela doou um terreno
E neste lugar abençoado
Aos poucos, desde pequeno
Surgiu um povoado.
Onde o santo erguia os braços
E abençoava seu povo amado.

Caculé foi crescendo
Mais bonita ficando
E lá nos idos de 1919
Foi logo se emancipando
Tornou se independente
Ainda mais imponente
Neste sertão baiano.

Falar de todos os prefeitos
Seria muito difícil
Todos foram eleitos
Para servir ao município
Porém de Miguelzinho não posso me esquecer
Pois ele fez bonito e ajudou Caculé crescer
Fez igreja, fez colégio,
Pra prefeitura fez um prédio
Fez a cidade aparecer.

Crescendo em liberdade
Hoje se encontra Caculé
Cada dia uma novidade
Algo pra aumentar a fé
Para mudar a realidade
Dar esperança aos desacreditados
Fazer sobrepor a verdade
Sonhar e fazê-los realizados

Dos sonhos da juventude
Algo a se encantar
Gosto não se discute
Amor serve para amar

Amo a minha cidade
Bonita por natureza
Cuja lagoa deu início
A esta imensa beleza.

Se o que escrevo parece surreal
Tenhas consciência de que não minto
Neste paraíso tropical
Imensamente feliz me sinto
Venha conhecer minha terra
Por aqui dar uma passeada
Veja nossa serra
Por onde canta a passarada
Venha também ver a lagoa de água tão cristalina
Chegar e ser bem recepcionada
Nesta terra de gente fina

Despeço-me deste falar
Preparo minha diligência
Fico com a alma lavada
Pois com louvor e inteligência
Nesta poesia pouco rimada
Falei da minha consciência
Da minha terra adorada
E assim com sapiência
Encerro homenagem á minha amada



Por: Alessandro Santos

domingo, 3 de julho de 2011

Uma indagação e uma prece

E se os bons se silenciassem? E se parassem de tocar as poesias? E se o colorido do arco-íris ficasse cinza? E se as pessoas deixassem de acreditar? E se os sonhos parassem
de se realizar? E se o sol não voltasse amanhã? Se a chuva do sertão jamais voltasse?
E se o mundo acabasse amanhã? Antes que os senhores das guerras peçam perdão aos seus mutilados, antes que os senhores autoritários peçam perdão aos seus humilhados. Antes que a humanidade peça perdão á vida por ser tão desumana, por não ter acreditado na força de uma idéia.
E se tudo acabasse amanhã, antes mesmo de se descobrir a cura da AIDS, antes mesmos dos senhores líderes das mais diversas religiões possam pedir perdão pelas calúnias e humilhações por eles difundidas. Antes que o homem reconheça as atrocidades cometidas contra aqueles cuja imagem era diferente da sua, contra o negro, contra o índio, o amarelo, o branco, o azul.
Deus, não permita que o mundo se acabe antes que o perdão seja lançado, antes que a guerra seja exterminada, antes que nossas crianças aprendam o quão bom é viver. Antes que o mal seja aniquilado e que a paz reine, amém.


 Texto e Foto de Alessandro Santo's
veja mais fot os em: http://www.flickr.com/photos/awss/

sábado, 28 de maio de 2011

Já vivi algum tempo

Já vivi algum tempo, pouco tempo na verdade, mas já vi muitas coisas, ou melhor dizendo, já li muitas coisas. Não sei se o que eu vivi e li é suficiente para manter o que digo, não sei se minhas idéias vieram de uma influencia mórbida de todos os personagens com quem dividi as histórias, de todos os heróis com quem dividi aventuras e de todas as mocinhas que já tive pena. Rodado? Experiente? Na verdade não, me aventurei pouco e corri poucas ruas.
Mas o correr físico é deveras importante? Conheço Itabira e nem tampouco andei pelas mesmas ruas de pedra que Drummond correu em sua infância. Conheço Salvador, terra do meu Senhor do Bonfim e para isto não precisei freqüentar os becos por onde Jorge Amado, Gilberto Gil e tantos outros mestres perambularam. Conheço a França, conheço o Louvre e para isto bastou-me viajar nas palavras de Dan Brown. É engraçado o poder de um livro. É sensacional poder conhecê-lo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Qual é a chave?

Amigos, hoje trago para vocês a letra de uma música linda de Adriana Lessa, vale a pena conhecê-la:


Qual é a chave? Qual é o segredo?
Que abre as portas do teu coração?

Porque não falar se Ele quer te ouvir
Porque se esconder se Ele está aqui
Porque não aceitar se Ele quer te dar
Porque insistir em resistir

Pois Ele tem tanto pra te falar
Quer te amar te perdoar
Mas é você que tem que abrir o coração

Deixa Jesus te consolar
Deixa Jesus te abençoar
Deixa Jesus te dar a tua Salvação

Qual é a chave? Qual é o segredo?
Que abre as portas do teu coração?

sábado, 23 de abril de 2011




Há algum tempo o lápis fugiu das minhas mãos e meus pensamentos ficaram enclausurados. A coragem de expor e defender ideologias saiu de minhas veias e após tal fato a covardia inundou meu ser. O medo de riscar as primeiras letras e descobrir que não sei mais escrever me amedrontou. Descobri que as ideias se foram em uma dessas cansadas tardes que sentei, menti para mim mesmo que estava estudando, e deixei de olhar o pássaro lá fora, cantando, sendo feliz...

 A poesia pareceu adormecer, em instantes fiquei inerte...


Hoje, relendo o texto acima, vejo que a poesia nunca adormece, nós é que as vezes perdemos a sensibilidade de descobri-la e amá-la, mas ainda bem que Deus nos dá sempre uma nova chance

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tudo muda

Eu antes tinha a plena convicção de que tudo é para sempre, um grande amor, uma decisão, uma vida, até o dia em que percebi que a minha convicção estava equivocada. Na verdade nada é eterno, tudo muda, uma opinião pode ser desfeita e uma idéia pode regredir. Descobri que o que eterniza as decisões e os momentos vividos é a intensidade emocional das mesmas, e assim percebi que aquela amizade virou eterna porque ao seu lado tive momentos de extrema felicidade, descobri que aquela escolha ficou evidente, pois encontrei nela força pra tocar ainda mais a minha vida; assim, depois de descobrir a inevitável verdade de que tudo muda, fui obrigado a mudar os meus conceitos e aceitar uma nova ideologia. O mundo se renova, cabe a nós eternizar o que nos faz bem.

Alessandro Santos

sábado, 5 de fevereiro de 2011


Eu vejo a beleza da vida na borboleta que bate suas asas energicamente buscando as pétalas das rosas que exalam um divino e inebriante perfume. Eu vejo a beleza da vida na luz do luar e vejo-a também na escuridão da noite que dá sinal verde aos vagalumes para que possam brilhar. Eu vejo a beleza da vida nas coisas simples do mundo, no escorrer das águas da chuva, no cantar do sabiá. Eu vejo a beleza da vida ao olhar o horizonte o pôr-do-sol e as estrelas no céu. Eu vejo a beleza da vida na simplicidade e isto me basta.

Alessandro Santos

 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


No meio da noite escura, no sertão, um céu estrelado, vento uivando e na capelinha a moça triste faz uma oração. Em seu rosto o cheiro do medo exala e o pranto da dor se confunde com o da angústia.

Ela tem medo de ter sido apenas um sonho. De acordar. Tem medo de sorrir, de gritar, de olhar para os lados. Sente as dores da ansiedade, do silêncio. Angustia-se por ser tão leiga. Finaliza sua oração.

Durante os 100 metros que separam a capelinha e a sua casa ela vai olhando para o céu, vendo em cada estrela algo encantador. Sorria e seu riso era de felicidade.

Passa pelo jardim e rouba da roseira uma das rosas vermelhas, tão lindas. Chega em casa, abre sua porta e vai direto ao seu quarto. Se tranca.
 
Em seu quarto pega um copo com água e deposita sua flor, coloca uma música para ouvir, algo como “Como vai você”, deita, pensa mais uma vez no que aconteceu, relaxa, dorme e sonha com a cena anterior, anjos dizem amém.

Sonha com o sapo que virou príncipe após seu beijo e custa a acreditar no que aconteceu.

Acordou, virou de lado e dormiu novamente. Coisas de adolescente.

Alessandro Santos
Em 11/06/2010

domingo, 16 de janeiro de 2011



Amigos, o Meus Textos mal retornou e já ganhou 
este selinho acima da amiga Lú Silva do blog Ciinforma, muita satisfação pra este que vos fala.

Vamos ás regras:

1 - Agradecer a quem te presenteou:

Lú, muito obrigado por este presente, o Meus Textos é feito pra vocês e é muito gratificante saber que ele é querido por alguém.

2 - Partilhar 7 coisas sobre mim:

1 – Graduando em FISIOTERAPIA
2 – Amo viajar nas linhas bem escritas de um bom livro
3 – Sou FLAMENGUISTA
4 – Viciado em Fotografia
5 – Adoro ler coisas interessantes e com alto grau de excelência como os vossos blogs.
6 – Supervalorizo amizades.
7 – Adoro músicas.





3 - Escolher 10 amigas para receber o selinho!! 

Vai para os amigos:

















 Obrigado a todos...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Renasço

Eu renasço nas gotas da chuva,
Me apresento à luz do luar,
Vivo no mundo das nuvens.
Acordo ao som da cigarra
Sonho nos braços do vento
Vivo!


 E surpreendo-me ao sorrir de uma criança.
Renasço pela humanidade,
E por alguns gestos por ela feitos,
Renasço quando alguém respeita o outro,
Quando da guerra trazem a paz,
Quando do ódio nasce o amor.
 
 Quando das lágrimas vêm o sorriso,
Quando das lamentações vêm as forças,
Quando do sofrer vem a esperança.

Renasço todos os dias
Nos corações de quem semeia o bem.
Por isto, e só por isto,
Sou imortal.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Realmente o tempo voa?

Dizem por ai que os dias estão passando voando, o tempo não para e as 24 horas do dia reduziram drasticamente. Só não dizem por ai que as coisas mudaram..
 
Realmente há algum tempo não se vê mais as lamparinas acesas, os causos à luz da lua e das estrelas, o café saindo fresquinho do fogão á lenha. Há algum tempo não se janta ás 18:30h, não se houve umas modas de viola no velho radinho á pilha, não se pede benção aos mais velhos e dorme com as galinhas.

 Os tempos mudaram. A tal modernidade chegou e os dias se foram. Hoje acorda-se cedo, banho, café, carro, trabalho, cafezinho, trabalho, telefone, computador, e-mail, almoço, trabalho, café, trabalho, carro, academia, casa, banho, carro, restaurante, cinema, casa, leitura, internet, e-mail, cama, levantar, banho, café, carro, trabalho...

Enfim, não diga que os dias passam voando, lembre-se, é você quem voa; é você que não se dá tempo e é você quem sofre as conseqüências.