"Da minha dor só eu conheço, ela me pertence e ninguém a entende tão bem quanto eu. Ela é minha e de mais ninguém porque ela me consome e me maltrata, mas ela me faz bem e me dá força, força para acabá-la. Ela me avisa de algo que está fora de simetria, da quebra da homeostase do meu ser, ser físico e ser psíquico. Já tentei viver sem ela e quebrei a cara por isto, hoje, limito-me a entendê-la e a aprender a conviver com ela e assim, faz dias que ela me deixou; hoje sou livre e sei que não sou preso a ela, assim, vivo sem medos, pois eu sei controlar a minha dor, aceitá-la até onde for interessante e esquecê-la por tempos incontáveis. A minha dor eu controlo e a minha vida segue, na felicidade dos dias."
Estou aqui, percorrendo os km’s da minha vida, sonhando com algo a me alentar no futuro e que me faça dizer: - Valeu à pena! Acordei cedo, caminhei um pouco e agora estou na estrada. Ao meu lado vejo ficarem para traz as cidades, casas, vilarejos. Vejo o sol nascendo ali atrás do morro, tão perto e tão distante. A manhã vem dando um Bom Dia de glórias, entoado em vozes angelicais. A cada curva da estrada uma nova cena faz meus olhos brilharem. No velocímetro um relógio, com ponteiros, que marca o quão rápido aquele corpo se movimenta no espaço. Queria eu, alma cansada, ter em meu corpo um velocímetro, que marcasse também o quão rápido estou a me guiar, que me forçasse a parar algumas vezes, a descansar e a sorrir. Que fizesse de minha alma cansada repouso de sabedoria, do meu corpo surrado repouso de bênçãos e da minha vida Severina repouso de glórias. Queria eu ser apenas feliz.
E se os bons se silenciassem? E se parassem de tocar as poesias? E se o colorido do arco-íris ficasse cinza? E se as pessoas deixassem de acreditar? E se os sonhos parassem de se realizar? E se o sol não voltasse amanhã? Se a chuva do sertão jamais voltasse?
E se o mundo acabasse amanhã? Antes que os senhores das guerras peçam perdão aos seus mutilados, antes que os senhores autoritários peçam perdão aos seus humilhados. Antes que a humanidade peça perdão á vida por ser tão desumana, por não ter acreditado na força de uma idéia.
E se tudo acabasse amanhã, antes mesmo de se descobrir a cura da AIDS, antes mesmos dos senhores líderes das mais diversas religiões possam pedir perdão pelas calúnias e humilhações por eles difundidas. Antes que o homem reconheça as atrocidades cometidas contra aqueles cuja imagem era diferente da sua, contra o negro, contra o índio, o amarelo, o branco, o azul.
Deus, não permita que o mundo se acabe antes que o perdão seja lançado, antes que a guerra seja exterminada, antes que nossas crianças aprendam o quão bom é viver. Antes que o mal seja aniquilado e que a paz reine, amém.
Texto e Foto de Alessandro Santo's
veja mais fot os em: http://www.flickr.com/photos/awss/
Já vivi algum tempo, pouco tempo na verdade, mas já vi muitas coisas, ou melhor dizendo, já li muitas coisas. Não sei se o que eu vivi e li é suficiente para manter o que digo, não sei se minhas idéias vieram de uma influencia mórbida de todos os personagens com quem dividi as histórias, de todos os heróis com quem dividi aventuras e de todas as mocinhas que já tive pena. Rodado? Experiente? Na verdade não, me aventurei pouco e corri poucas ruas.
Mas o correr físico é deveras importante? Conheço Itabira e nem tampouco andei pelas mesmas ruas de pedra que Drummond correu em sua infância. Conheço Salvador, terra do meu Senhor do Bonfim e para isto não precisei freqüentar os becos por onde Jorge Amado, Gilberto Gil e tantos outros mestres perambularam. Conheço a França, conheço o Louvre e para isto bastou-me viajar nas palavras de Dan Brown. É engraçado o poder de um livro. É sensacional poder conhecê-lo.
Amigos, hoje trago para vocês a letra de uma música linda de Adriana Lessa, vale a pena conhecê-la:
Qual é a chave? Qual é o segredo?
Que abre as portas do teu coração? Porque não falar se Ele quer te ouvir
Porque se esconder se Ele está aqui
Porque não aceitar se Ele quer te dar
Porque insistir em resistir Pois Ele tem tanto pra te falar
Quer te amar te perdoar
Mas é você que tem que abrir o coração Deixa Jesus te consolar
Deixa Jesus te abençoar
Deixa Jesus te dar a tua Salvação
Qual é a chave? Qual é o segredo?
Que abre as portas do teu coração?
sábado, 23 de abril de 2011
Há algum tempo o lápis fugiu das minhas mãos e meus pensamentos ficaram enclausurados. A coragem de expor e defender ideologias saiu de minhas veias e após tal fato a covardia inundou meu ser. O medo de riscar as primeiras letras e descobrir que não sei mais escrever me amedrontou. Descobri que as ideias se foram em uma dessas cansadas tardes que sentei, menti para mim mesmo que estava estudando, e deixei de olhar o pássaro lá fora, cantando, sendo feliz...
A poesia pareceu adormecer, em instantes fiquei inerte...
Hoje, relendo o texto acima, vejo que a poesia nunca adormece, nós é que as vezes perdemos a sensibilidade de descobri-la e amá-la, mas ainda bem que Deus nos dá sempre uma nova chance
Eu antes tinha a plena convicção de que tudo é para sempre, um grande amor, uma decisão, uma vida, até o dia em que percebi que a minha convicção estava equivocada. Na verdade nada é eterno, tudo muda, uma opinião pode ser desfeita e uma idéia pode regredir. Descobri que o que eterniza as decisões e os momentos vividos é a intensidade emocional das mesmas, e assim percebi que aquela amizade virou eterna porque ao seu lado tive momentos de extrema felicidade, descobri que aquela escolha ficou evidente, pois encontrei nela força pra tocar ainda mais a minha vida; assim, depois de descobrir a inevitável verdade de que tudo muda, fui obrigado a mudar os meus conceitos e aceitar uma nova ideologia. O mundo se renova, cabe a nós eternizar o que nos faz bem.
Alessandro Santos
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Eu vejo a beleza da vida na borboleta que bate suas asas energicamente buscando as pétalas das rosas que exalam um divino e inebriante perfume. Eu vejo a beleza da vida na luz do luar e vejo-a também na escuridão da noite que dá sinal verde aos vagalumes para que possam brilhar. Eu vejo a beleza da vida nas coisas simples do mundo, no escorrer das águas da chuva, no cantar do sabiá. Eu vejo a beleza da vida ao olhar o horizonte o pôr-do-sol e as estrelas no céu. Eu vejo a beleza da vida na simplicidade e isto me basta.
Alessandro Santos
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
No meio da noite escura, no sertão, um céu estrelado, vento uivando e na capelinha a moça triste faz uma oração. Em seu rosto o cheiro do medo exala e o pranto da dor se confunde com o da angústia.
Ela tem medo de ter sido apenas um sonho. De acordar. Tem medo de sorrir, de gritar, de olhar para os lados. Sente as dores da ansiedade, do silêncio. Angustia-se por ser tão leiga. Finaliza sua oração.
Durante os 100 metros que separam a capelinha e a sua casa ela vai olhando para o céu, vendo em cada estrela algo encantador. Sorria e seu riso era de felicidade.
Passa pelo jardim e rouba da roseira uma das rosas vermelhas, tão lindas. Chega em casa, abre sua porta e vai direto ao seu quarto. Se tranca.
Em seu quarto pega um copo com água e deposita sua flor, coloca uma música para ouvir, algo como “Como vai você”, deita, pensa mais uma vez no que aconteceu, relaxa, dorme e sonha com a cena anterior, anjos dizem amém.
Sonha com o sapo que virou príncipe após seu beijo e custa a acreditar no que aconteceu.
Acordou, virou de lado e dormiu novamente. Coisas de adolescente.
Alessandro Santos
Em 11/06/2010
domingo, 16 de janeiro de 2011
Amigos, o Meus Textos mal retornou e já ganhou
este selinho acima da amiga Lú Silva do blog Ciinforma, muita satisfação pra este que vos fala.
Vamos ás regras:
1 - Agradecer a quem te presenteou:
Lú, muito obrigado por este presente, o Meus Textos é feito pra vocês e é muito gratificante saber que ele é querido por alguém.
2 - Partilhar 7 coisas sobre mim:
1 – Graduando em FISIOTERAPIA
2 – Amo viajar nas linhas bem escritas de um bom livro
3 – Sou FLAMENGUISTA 4 – Viciado em Fotografia
5 – Adoro ler coisas interessantes e com alto grau de excelência como os vossos blogs.
Dizem por ai que os dias estão passando voando, o tempo não para e as 24 horas do dia reduziram drasticamente. Só não dizem por ai que as coisas mudaram..
Realmente há algum tempo não se vê mais as lamparinas acesas, os causos à luz da lua e das estrelas, o café saindo fresquinho do fogão á lenha. Há algum tempo não se janta ás 18:30h, não se houve umas modas de viola no velho radinho á pilha, não se pede benção aos mais velhos e dorme com as galinhas.
Os tempos mudaram. A tal modernidade chegou e os dias se foram. Hoje acorda-se cedo, banho, café, carro, trabalho, cafezinho, trabalho, telefone, computador, e-mail, almoço, trabalho, café, trabalho, carro, academia, casa, banho, carro, restaurante, cinema, casa, leitura, internet, e-mail, cama, levantar, banho, café, carro, trabalho...
Enfim, não diga que os dias passam voando, lembre-se, é você quem voa; é você que não se dá tempo e é você quem sofre as conseqüências.