sábado, 5 de fevereiro de 2011


Eu vejo a beleza da vida na borboleta que bate suas asas energicamente buscando as pétalas das rosas que exalam um divino e inebriante perfume. Eu vejo a beleza da vida na luz do luar e vejo-a também na escuridão da noite que dá sinal verde aos vagalumes para que possam brilhar. Eu vejo a beleza da vida nas coisas simples do mundo, no escorrer das águas da chuva, no cantar do sabiá. Eu vejo a beleza da vida ao olhar o horizonte o pôr-do-sol e as estrelas no céu. Eu vejo a beleza da vida na simplicidade e isto me basta.

Alessandro Santos

 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


No meio da noite escura, no sertão, um céu estrelado, vento uivando e na capelinha a moça triste faz uma oração. Em seu rosto o cheiro do medo exala e o pranto da dor se confunde com o da angústia.

Ela tem medo de ter sido apenas um sonho. De acordar. Tem medo de sorrir, de gritar, de olhar para os lados. Sente as dores da ansiedade, do silêncio. Angustia-se por ser tão leiga. Finaliza sua oração.

Durante os 100 metros que separam a capelinha e a sua casa ela vai olhando para o céu, vendo em cada estrela algo encantador. Sorria e seu riso era de felicidade.

Passa pelo jardim e rouba da roseira uma das rosas vermelhas, tão lindas. Chega em casa, abre sua porta e vai direto ao seu quarto. Se tranca.
 
Em seu quarto pega um copo com água e deposita sua flor, coloca uma música para ouvir, algo como “Como vai você”, deita, pensa mais uma vez no que aconteceu, relaxa, dorme e sonha com a cena anterior, anjos dizem amém.

Sonha com o sapo que virou príncipe após seu beijo e custa a acreditar no que aconteceu.

Acordou, virou de lado e dormiu novamente. Coisas de adolescente.

Alessandro Santos
Em 11/06/2010